Retrospectiva 2025 Grêmio reafirma sua posição: o racismo não tem espaço Um ano marcado por iniciativas, diálogos e ações concretas no enfrentamento ao racismo dentro e fora de campo 28 DEZ 2025 11:00 Ao longo de sua história, o Grêmio aprendeu que ser imortal não é apenas vencer dentro de campo, mas assumir responsabilidades fora dele. No combate ao racismo, o Clube de Todos escolheu não se omitir. Escolheu agir, educar, provocar reflexão e ocupar espaços com firmeza e coerência. A educação tem sido um dos pilares dessa caminhada. Em parceria com o Observatório da Discriminação Racial no Futebol, o Grêmio levou palestras antirracistas a colégios, promovendo o diálogo e a conscientização entre jovens. Dentro e fora de campo, a mensagem é clara: a luta contra o racismo começa cedo e precisa ser contínua. O mesmo compromisso foi levado aos atletas da equipe principal masculina, em uma ação de empoderamento, informação e responsabilidade. Conhecer leis, protocolos da FIFA e caminhos de proteção é também uma forma de fortalecer quem veste a camisa tricolor. A comunicação, elemento central na construção de narrativas, também foi chamada à responsabilidade. Encontros com comunicadores de Porto Alegre e do Rio de Janeiro ampliaram o alcance do projeto Clube de Todos e das ações antirracistas desenvolvidas pelo Grêmio. Ao abrir o diálogo, o clube reafirma seu protagonismo e reforça que o futebol pode e deve ser uma poderosa ferramenta de transformação social. Esse posicionamento se materializou também na forma de vestir. A nova coleção do Grêmio, celebrando o azul, o preto e o branco que constroem sua identidade, vai além do tecido e do design. Cada camiseta carrega um propósito: fortalecer o projeto Clube de Todos e reafirmar, também no varejo e na área comercial, que o clube está alinhado a causas que geram impacto social real. É o símbolo entrando no cotidiano para lembrar que respeito e diversidade fazem parte da essência gremista. Na véspera do Dia da Consciência Negra, o Grêmio deu voz à sua própria história. “A Voz do Flecha Negra” foi uma ação inédita no futebol brasileiro, ao permitir que o mascote do clube falasse sobre racismo e reconhecesse a presença preta que ajudou a construir o esporte e o próprio Grêmio. Inspirado em Tarciso, o eterno Flecha Negra, o mascote se tornou porta-voz de atletas, torcedores e profissionais pretos que marcaram e seguem marcando essa trajetória. Um gesto simbólico, mas carregado de significado e compromisso prático. Esse compromisso também ganhou forma concreta com a parceria junto à Defensoria Pública do Estado. A distribuição da cartilha “Grêmio e Defensoria Pública: Uma Aliança pelo Respeito”, realizada na esplanada e nas cabines da Arena, ampliou o alcance de informações essenciais sobre direitos, respeito e combate à discriminação. Uma ação que retorna, se renova e alcança novos públicos, porque a mensagem precisa ser constante. O ano também foi marcado pelo encontro entre esporte, educação e consciência social. O Grêmio, em parceria com a Unisinos, realizou a primeira edição do Troféu Flecha Negra, reunindo entidades, torcedores e lideranças em um evento dedicado à luta antirracista. A partida simbólica, os debates e a integração marcaram o início de novas ações previstas no termo de cooperação entre as instituições. Mais do que um jogo, foi a reafirmação de que igualdade, diversidade e respeito não são apenas discursos, são práticas que se constroem coletivamente. Ao olhar para essa retrospectiva, o Grêmio reafirma sua posição: o racismo não tem espaço, não tem desculpa e não tem vez. O Clube de Todos segue usando sua história, sua voz e sua influência para transformar o futebol em um território de consciência, pertencimento e justiça.