Sábado, 26 de novembro de 2005, uma data para nenhum desportista do planeta esquecer a partida final pelo título do Campeonato Brasileiro, Série B, no Estádio dos Aflitos, em Recife (jamais um estádio teve nome tão apropriado) é digna de estar nos anais do futebol. O Grêmio precisava apenas de um empate para voltar ao lugar de onde jamais deveria ter deixado de figurar.
O jogo era tenso e o adversário, forte e valoroso, tentava desmontar a vantagem gremista construída ao longo dos jogos finais do quadrangular decisivo. O Naútico, que estava há 11 anos sem disputar a Série A, contava com o apoio de sua grande torcida, da imprensa, da Federação e dos políticos pernambucanos que queriam ver as duas equipes do Estado (o outro time, o Santa Cruz, que derrotou no mesmo dia a Portuguesa) de voltar à elite do futebol brasileiro.
Apesar da pressão do Naútico, o tricolor conseguia se manter calmo mesmo depois da equipe da casa ter perdido um pênalti, ainda no 1º tempo. Contudo, o que estava para acontecer na etapa final era algo inacreditável.
Aos 33 minutos do 2º tempo, Escalona coloca a mão na bola, sendo expulso, pois já tinha cartão amarelo.
No minuto seguinte, Galatto, numa dividida de bola com o atacante Miltinho, evita o gol do adversário.
Aos 35, o erro clamoroso do juiz! Um chute de fora da área esbarra no cotovelo de Nunes, colado junto ao corpo. O volante já tinha até virado o rosto, explicitando a sua não intenção de tocar na bola, no entanto, o juiz aponta, equivocadamente, a penalidade máxima. A reação dos atletas gremistas foi de indignação, havendo um cerco ao árbitro que expulsou primeiro Patrício (que peitara o juiz), seguido de Nunes, e mais tarde de Domingos que dera um tapa na bola tirando-a das mãos do árbitro.
Os dirigentes gremistas, indignados, invadiram o campo protestando contra essa calamidade. Entre os mais exaltados, surge a idéia de retirar o time de campo. Todavia, o bom senso prevaleceu e a decisão de seguir com o jogo foi tomada.
A partida ficou paralisada por longos 25 minutos, antes da cobrança do pênalti. Durante este período, Marcel e Galatto resolveram “arrumar” a marca da cal onde o pênalti seria cobrado.
O time tinha dois desafios: não tomar o gol de pênalti e segurar, com 7 jogadores, o Náutico por pelo menos mais 10 minutos, uma missão quase impossível.
Galatto defende o pênalti e a torcida adversária, percebendo o cheiro da tragédia, começa a deixar as dependências do estádio.
Dois minutos depois, Anderson faz uma jogada individual e é derrubado por Batata que é expulso.
Marcelo cobra rapidamente a falta para Anderson. Este, pegando a defesa adversária paralisada e que não estava acreditando no que acontecia, passa por dois marcadores em velocidade e com tranqüilidade e categoria, desvia do goleiro, fazendo um golaço incrível.
Em poucos segundos o título da Série B, que era comemorado pelo Santa Cruz no estádio vizinho do Arruda, pois o jogo já havia terminado, passa para o imortal tricolor, numa das mais espetaculares partidas da história do futebol.
Essa vitória teve repercussão na imprensa esportiva nacional e mundial, aparecendo inclusive no site do Times, sendo lembrada como exemplo de obstinação, garra e luta, e uma prova de raça, astúcia, irresignação e do peso da camisa tricolor, ofuscando até os títulos de outras competições.
GRÊMIO, CAMPEÃO. CONSELHO DELIBERATIVO Presidente: Mauro Knijnik Vice-Presidente: Adalberto Preis DIRETORIA Presidente: Paulo Odone de Araújo Ribeiro Vice de futebol: Renato de Castro Moreira Diretor: Paulo Pelaipe Supervisor: Antônio Carlos Verardi Médico: Dr. Márcio Bolzoni TÉCNICO: Mano Menezes PREPARADOR FÍSICO: Flávio Trevisan PREPARADOR DE GOLEIROS: Francisco Cerzózimo
Campanha e goleadores
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